segunda-feira, 26 de maio de 2014

Príncipes

Sou apaixonada pelos filmes da Disney, mesmo com dezesseis anos na cara. E acho que nunca vou ter idade para deixar de vê-los, já que por trás de uma animação feita para crianças, há sempre uma mensagem muito boa. Hoje vi "Valente", lançado há um tempo. Conta a história de uma princesa chamada Merida, que fica furiosa quando descobre que vai ter um casamento arranjado, pois acha que ela é quem deve trilhar o próprio destino.

Durante o começo, deduzi todo o desenrolar: acontecerá algo e ela vai conhecer alguém que realmente gosta, criando uma confusão e achando uma solução no desfecho. Acabou que quebrou todos os clichês: não apareceu nenhum personagem do sexo oposto por quem ela se apaixonaria e teria um final "felizes para sempre". O objetivo do filme passou longe disso.

Se você pegar todas as músicas, livros e filmes existentes, verá que muitos abordam ou possuem algo sobre o amor. Digo amor de namoro, amor que faz a gente suspirar. Toda hora somos rondados por essa ideia de ter que existir alguém para amar, de que só quando conhecermos essa pessoa, a nossa felicidade virá. Li um poema lindo do Mário Quintana esses dias, o qual tinha um verso dizendo: as pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. E foi exatamente isso que o filme me passou, mesmo tendo absoluta certeza de que não foi a intenção dos criadores. Merida teve seu final feliz sem precisar de alguém para dar um beijo na última cena. E, num futuro fictício, se ela conhecesse o amor, a sua alegria não dependeria disso.

Achei muito bom o fato de existir uma princesa da Disney sem um príncipe encantado. Reforça, pelo menos para mim, essa ideia de que o amor não nos torna felizes, e sim que nós, quando felizes, estamos dispostos a incluir o amor.

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