sábado, 4 de janeiro de 2014

Em branco

Sempre surge aquele momento em que você quer escrever tudo e simplesmente não sai nada. O papel fica lá, em branco, encarando a sua angústia com amargura. Aproximando a situação para se ter uma melhor ideia: é exatamente como querer falar tudo para alguém e não ter palavras que definam a ideia que tem em mente. É complicado traduzir as sensações para míseras letras. A mente não concilia com o coração, quase impossível reunir a razão com a emoção. Amaria receber cartas de amor, mas prefiro uma demonstração que interaja com os sentidos que dou sorte de usufruir. Palavras não são nada mais que uma frouxa tradução da alma. Mas ainda assim, conseguem nos comover e deixar qualquer escritor na loucura quando não são encontradas.

Gabriela Martelo

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